Em meados de Agosto/2011 ocorreu um problema no sistema SNGPC/Anvisa onde muitas drogarias tiveram o medicamento antietanol subtraído do inventário. O caso ficou conhecido como o sumiço do antietanol.
As drogarias tinham esse medicamento em seu inventário no SNGPC e nos programas e ele simplesmente sumiu do inventário dessas drogarias na ANVISA.
O antietanol é um medicamento utilizado para combater a intoxicação etílica (foto: Divulgação).
Antietanol no SNGPC: o que aconteceu depois
As drogarias que tinham esse medicamento transmitiam os arquivos XML contendo as receitas que iriam dar baixa no inventário na ANVISA e o arquivo era rejeitado por falta de saldo.
Após algumas averiguações do porque das rejeições, verificaram que o antietanol não constava mais no inventário, mas não por alguma intervenção do farmacêutico que refez o inventário, ou de baixa por receita, mas porque houve um problema de fato no sistema da ANVISA que apagou esses medicamentos do inventário das drogarias.
Assim, em 31 de agosto de 2011, a ANVISA, depois de muitos emails para o suporte do programa e telefonemas no 0800, emitiu um comunicado confirmando o sumiço do antietanol. Veja aqui 1o. comunicado.
Em 6 de Setembro/2011, veio o 2o. comunicado informando que deveria ser notificada inconsistência para o Antietanol, e o mesmo deveria ser escriturado em livros enquanto não fosse resolvido o problema.
Por fim, em 28 de Setembro/2011, a ANVISA corrigiu o problema, no entanto quem ficou sem antietanol no inventário continuou sem ele e a ANVISA emitiu comunicado informando sobre as drogarias que tinham esse problema deveriam finalizar o seu inventário com motivo “Determinação da autoridade sanitária” e ajustá-lo para incluir o medicamento e poder escriturá-lo normalmente no SNGPC.
Veja aqui o último comunicado da ANVISA sobre o antietanol
O que é o antietanol?
No Brasil, o antídoto para a intoxicação etílica é conhecido como “antietanol”. É um medicamento usado para tratar ou prevenir a intoxicação etílica, que é a ingestão excessiva de álcool. O antietanol é administrado por via oral ou intravenosa.
Os sintomas da intoxicação etílica são inibidos pelo antídoto, que atua no fígado, onde o álcool é metabolizado. O antietanol inibe a ação da enzima que metaboliza o álcool, permitindo que o álcool seja excretado pelo organismo sem ser metabolizado.
A ingestão de álcool em excesso pode causar danos ao fígado, cérebro e outros órgãos. O antietanol é usado para tratar ou prevenir a intoxicação etílica em pessoas com doenças hepáticas ou em risco de danos hepáticos. Ele também é usado para tratar ou prevenir a intoxicação etílica em pessoas com doenças cerebrais ou em risco de danos cerebrais.
O antietanol pode causar efeitos colaterais, sendo os mais comuns náuseas, vómitos, diarreia, dor de cabeça e tontura. Outros efeitos colaterais incluem insônia, alterações do humor, sudorese, aumento da pressão arterial e batimentos cardíacos acelerados. O medicamento também pode prejudicar o desempenho de atividades que requerem coordenação, como dirigir ou operar máquinas.
Dessa forma, o antietanol deve ser usado com cautela em pessoas com doenças hepáticas ou cerebrais, em pessoas que fazem uso de outros medicamentos ou em pessoas com histórico de alergias, e não deve ser usado por mulheres grávidas ou lactantes, crianças ou adolescentes.
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